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Mergulhando no Estudo do Evangelho de Mateus - Cap. 13 - Parábolas do Reino

Atualizado: 21 de ago.


Mergulhando no Evangelho de Mateus
Mergulhando no Evangelho de Mateus

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No capítulo 13 do Evangelho de Mateus, encontramos uma série de parábolas que Jesus usa para revelar os mistérios do Reino dos Céus. Essas histórias simples, mas profundas, conhecidas como "parábolas do reino", fornecem uma compreensão essencial sobre como o Reino de Deus opera, como ele cresce e como será o seu juízo final. Ao explorar cada parábola, também mergulhamos no contexto cultural e histórico da época, nas doutrinas judaicas e na cultura romana, enriquecendo nossa compreensão das palavras de Jesus.


 

Mateus 13:1-9, 18-23 - Parábola do Semeador

Texto: "Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar. E grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. E outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e logo nasceu, porque a terra não era profunda. Mas, saindo o sol, queimou-se; e, por não ter raiz, secou-se. E outra parte caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. E outra parte caiu em boa terra, e deu fruto: uma a cem, outra a sessenta e outra a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. [...] Ouvi, pois, vós a parábola do semeador. A todo o que ouve a palavra do Reino e não a entende, vem o maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado à beira do caminho. O que foi semeado em solo pedregoso, esse é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende. E o que foi semeado entre os espinhos, esse é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. Mas o que foi semeado em boa terra, esse é o que ouve a palavra e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta e outro trinta."

Análise Teológica:

  • Natureza do Reino: Jesus usa a parábola para ilustrar como a mensagem do Reino dos Céus é recebida de diferentes maneiras por diferentes pessoas.

  • Tipos de Solo: Cada tipo de solo representa diferentes respostas à mensagem do Reino: indiferença, superficialidade, preocupações mundanas e uma recepção frutífera.

  • Aplicação: É essencial que tenhamos total sinceridade para fazermos uma auto análise de nossos corações diante da mensagem do Evangelho. Somos os que ouvem e não entendem? O Espírito Santo nos dá sabedoria. Precisamos pedir por discernimento e Ele com certeza nos dará, mas principalmente, precisamos buscar e nos esforçar, para que o diabo não roube a Palavra do nosso coração. Somos os que se abalam com as dificuldades, se amedrontam com as perseguições e se ofendem com os confrontos e as repreensões da Palavra? Precisamos então aprofundar essas raízes, nos aprofundando na intimidade com Deus, no secreto, no devocional e permitir que Deus nos trate. Somos os que se deixam levar pelas coisas do terrenas? Então o nosso coração está no lugar errado. Precisamos posicioná-lo nas coisas que são eternas, para que os espinhos não sufoquem a Palavra em nós. Que possamos estar prontos, como boa terra, para receber as sementes e dar muitos frutos.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Agricultura: A parábola do semeador reflete práticas agrícolas comuns na Palestina do primeiro século, onde os agricultores espalhavam sementes em vários tipos de solo.

  • Multidão: Jesus ensinava frequentemente ao ar livre para grandes multidões, e a beira-mar era um local comum devido à acústica natural proporcionada pela água.

Comparação com Marcos e Lucas:

  • Marcos 4:1-20 e Lucas 8:4-15: Ambas as versões apresentam a mesma parábola com pequenas variações, mas a mensagem central permanece a mesma sobre os diferentes tipos de receptividade à palavra de Deus.



Mateus 13:10-17 - O Propósito das Parábolas

Texto: "E, chegando-se a ele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não lhes é dado; porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram."

Análise Teológica:

  • Mistérios do Reino: Jesus explica que as parábolas revelam os mistérios do Reino dos Céus de forma que apenas aqueles com coração receptivo podem entender.

  • Profecia de Isaías: A referência a Isaías 6:9-10 destaca a resistência espiritual do povo, que impede a compreensão plena da mensagem de Jesus.

  • Aplicação atual: Que o nosso coração não esteja endurecido (orgulhoso e prepotente) para a Palavra de Deus, mas preparado, adubado e irrigado, através da humildade, submissão e arrependimento.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Parábolas: As parábolas eram uma forma comum de ensino na cultura judaica, usadas para ilustrar verdades espirituais profundas através de histórias simples.

  • Profetas: Muitos profetas do Antigo Testamento desejavam ver a realização das promessas messiânicas que os discípulos estavam testemunhando.


Mateus 13:24-30, 36-43 - Parábola do Joio

Texto: "Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos Céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu boa semente no teu campo? Então de onde veio o joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa, e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. [...] Então, despedindo-se as multidões, foi Jesus para casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; e o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça."

Análise Teológica:

  • Mistura de Joio e Trigo: Jesus ilustra a coexistência de crentes e falsos crentes no mundo até o tempo do julgamento final. Não se trata de crentes e incrédulos, mas de crentes e "crentes" ímpios, que sabem da verdade mas vivem no pecado, porque afinal, por um determinado tempo ambos são iguais. É preciso deixar crescerem juntos, para que no devido tempo as diferenças fiquem evidentes e então, assim como o joio, serão retirados e queimados.

  • Juízo Final: A separação do joio e do trigo no tempo da colheita representa o juízo final, onde os justos e os ímpios serão separados.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Agricultura: O joio (Lolium temulentum) é uma planta que se parece com o trigo durante as primeiras fases de crescimento, tornando difícil a distinção até que ambos amadureçam. Quando o trigo está maduro, os grãos se tornam plenos e firmes, e a planta fica com um aspecto dourado. O joio amadurece de forma diferente, seus grãos são mais escuros e menos desenvolvidos, e a planta pode desenvolver um aspecto mais espigado e espesso. Além de ser tóxico se consumido em grandes quantidades e não tem o mesmo valor nutritivo que o trigo.

  • Juízo: A ideia de uma colheita final era uma imagem familiar para os ouvintes de Jesus, representando o julgamento divino.



Mateus 13:31-33 - Parábolas do Grão de Mostarda e do Fermento

Texto: "Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos Céus é semelhante ao grão de mostarda, que um homem tomou e semeou no seu campo; o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos. Outra parábola lhes disse: O Reino dos Céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que tudo ficou levedado."

Análise Teológica:

  • Crescimento do Reino: Ambas as parábolas ilustram o crescimento e a influência expansiva do Reino dos Céus. A pequena semente de mostarda cresce para se tornar uma grande planta, e o pouco fermento leveda toda a massa de pão.

  • Impacto Global: O Reino de Deus pode começar pequeno, mas tem um impacto significativo e abrangente.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Semente de Mostarda: A mostarda, apesar de pequena, era conhecida por seu rápido crescimento e tamanho considerável em comparação com outras plantas de jardim.

  • Fermento: O uso do fermento era uma imagem comum no cotidiano, e as três medidas de farinha referem-se a uma quantidade suficiente para fazer uma grande quantidade de pão.


Mateus 13:44-46 - Parábolas do Tesouro Escondido e da Pérola de Grande Valor

Texto: "Também o Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim, o Reino dos Céus é semelhante ao homem negociante, que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a."

Análise Teológica:

  • Valor do Reino: As parábolas destacam o valor supremo do Reino dos Céus, que é digno de qualquer sacrifício para ser obtido.

  • Alegria e Sacrifício: Encontrar o Reino traz alegria, e sua aquisição pode requerer a renúncia de tudo o mais.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Tesouro Escondido: Esconder tesouros em campos era uma prática comum para proteger bens de invasores ou ladrões.

  • Pérolas: Pérolas eram altamente valorizadas e buscadas por mercadores, representando algo de grande valor e desejo.


Mateus 13:47-50 - Parábola da Rede

Texto: "Igualmente, o Reino dos Céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons, deitam fora os ruins. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes."

Análise Teológica:

  • Juízo Final: A separação dos peixes bons e ruins ilustra o julgamento final, onde os justos serão separados dos ímpios.

  • Inclusão e Seleção: A rede simboliza a inclusão inicial de todos, mas o julgamento final trará uma seleção.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Pesca: A pesca com redes era uma atividade comum no Mar da Galileia, e os ouvintes de Jesus estariam familiarizados com o processo de separação dos peixes após a captura.


Mateus 13:51-52 - O Escriba Instruído

Texto: "E disse-lhes Jesus: Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor. E ele lhes disse: Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas."

Análise Teológica:

  • Conhecimento e Ensino: Jesus compara o escriba instruído a um chefe de família que compartilha tanto o conhecimento antigo quanto o novo, sugerindo que os discípulos deveriam integrar suas novas compreensões do Reino com a sabedoria das Escrituras.

Contexto Cultural e Histórico:

  • Escribas: Os escribas eram mestres e intérpretes da Lei, e Jesus aqui eleva a responsabilidade dos discípulos a um nível similar, mas com a adição da nova revelação do Reino dos Céus.


Conclusão

O capítulo 13 de Mateus nos oferece uma visão rica e multifacetada do Reino dos Céus. Através de histórias simples, Jesus comunica verdades profundas sobre a natureza, o crescimento e o juízo do Reino. Essas parábolas nos convidam a refletir sobre a receptividade de nossos corações à palavra de Deus, a paciência divina, o valor supremo do Reino e a inevitabilidade do juízo final. Ao compreender e aplicar esses ensinamentos, somos desafiados a viver de maneira que reflita a realidade do Reino dos Céus em nossas vidas diárias.


 

Eu quero saber se você aprendeu algo novo hoje ou se você acrescentaria algum ponto, ta bom? Deixa aqui nos comentários.


Nos vemos no próximo post.

Fique na Paz do Senhor,

Um beijo e um Cheiro. 😘

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