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Mergulhando no Estudo do Evangelho de Mateus - Cap. 06 - Sermão da Montanha

Atualizado: 1 de ago.


Ondas Abstratas
Mergulhando no Evangelho de Mateus

Vamos continuar estudando o maior e mais famoso dos sermões de Jesus, as palavras mais repetidas, lembradas e refletidas na história da humanidade depois de Cristo, o Sermão da Montanha.


No post anterior (clique aqui para ler) eu dou uma introdução do contexto histórico, geográfico e cultural do evento que o texto nos apresenta, vale a pena conferir.


Então vamos direto ao ponto, Spark.🔥 Bíblia, caneta, marca texto e café na mão. 📖🖊️🖍️☕


 

1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;

4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.


Neste trecho, Jesus aborda a prática da caridade, ensinando que ela deve ser feita com motivação correta e sem buscar reconhecimento público. Ele condena a hipocrisia daqueles que fazem suas boas ações para serem vistos pelos outros, chamando a atenção para a importância da sinceridade e da humildade na prática da caridade.

Motivação correta: A motivação para fazermos boas ações e caridade deve ser agradar a Deus, e cumprirmos nosso papel como Filhos, e não buscar elogios ou reconhecimento humano. Ele alerta que aqueles que buscam ser vistos pelos homens já receberam sua recompensa, perdendo a recompensa celestial.

Discrição: Jesus instrui a dar esmola em segredo, sem alardear a ação. Ele usa a imagem poética de não deixar a mão esquerda saber o que a direita faz, destacando a necessidade de fazer o bem sem buscar recompensa ou elogios.

Recompensa divina: Jesus promete que aqueles que dão esmola em segredo serão recompensados publicamente por Deus. Isso ressalta a importância da confiança na recompensa divina, em vez de buscar recompensas terrenas.


5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.

8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.


Jesus ensina sobre a oração, destacando a importância da sinceridade, da humildade e da privacidade na comunicação com Deus.

Hipocrisia na oração: Jesus critica os hipócritas que fazem orações públicas para serem vistos pelos outros e obter reconhecimento. Na época de Jesus, esses eram em sua maioria Fariseus, mas sem muito esforço podemos trazer isso para o nosso tempo e realidade. Pessoas que usam das coisas espirituais para fazer shows ou ainda aqueles que fazem lindas orações públicas na igreja ou na internet, mas não tem uma vida de comunhão rela com Deus. Ele alerta que essas pessoas já receberam sua recompensa terrena, mas não receberão a recompensa de Deus.

Secreto: Jesus instrui seus seguidores a orarem em privacidade, em seus aposentos, longe dos olhares dos outros. Ele enfatiza a importância da intimidade na relação com Deus e da sinceridade nas palavras dirigidas a Ele.

Evitar repetições vãs: Jesus adverte contra o uso de vãs repetições na oração, semelhantes às práticas dos gentios da época. Ele destaca que Deus conhece as necessidades de Seus filhos e não é necessário repetir palavras vazias para ser ouvido por Ele.

Esses ensinamentos sobre a oração destacam a necessidade de uma relação pessoal e íntima com o Pai, em contraste com as práticas religiosas ostensivas e vazias.


9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;

11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje;

12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;

13 E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.


Esta oração é uma das mais importantes e reverenciadas no Cristianismo, chamada de "Pai Nosso", pois resume muitos dos princípios fundamentais da fé cristã. Vamos analisar cada parte dela:

Pai Nosso, que estás nos céus: Jesus começa a oração reconhecendo a paternidade de Deus e Sua posição como Pai celestial, o que indica intimidade e relação filial. Além de deixar a revelação da nova aliança, de que Ele é PAI DE MUITOS FILHOS.

Santificado seja o teu nome: Jesus nos ensina a declara a santidade e a reverência ao nome de Deus, expressando o desejo de que Seu nome seja honrado e glorificado.

Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu: Jesus nos ensina que temos que pedir e declarar que a VONTADE PERFEITA DE DEUS seja manifestada aqui na Terra, assim como ela é feita no céu. Ou seja, que podemos trazer a realidade do céu para a Terra.

O pão nosso de cada dia nos dá hoje: Esta parte da oração fala da dependência diária de Deus para as necessidades básicas da vida, lembrando que Ele é quem provê.

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores: Jesus enfatiza a importância do perdão mútuo, indicando que nossa relação com Deus está ligada à nossa disposição de perdoar os outros.

E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal: Aqui, Jesus reconhece a fragilidade humana e pede a Deus que nos livre do mal e nos proteja da tentação.

Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém: A oração termina com uma declaração de confiança na soberania e no poder de Deus, reconhecendo que todas as coisas pertencem a Ele e que Ele é digno de toda glória e louvor.


14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

15 Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.


Jesus enfatiza a importância do perdão nas relações humanas e na relação com Deus. Ele ensina que o perdão é uma condição para recebermos o perdão de Deus e destaca duas principais verdades teológicas:

O perdão humano reflete o perdão divino: Jesus ensina que o perdão que oferecemos aos outros está diretamente relacionado ao perdão que recebemos de Deus. Isso destaca a importância do perdão mútuo como um reflexo do perdão divino em nossas vidas.

Consequências da falta de perdão: Jesus adverte que se não perdoarmos os outros, também não seremos perdoados por Deus. Isso não significa que o perdão de Deus é condicional ao nosso comportamento, mas sim que a falta de perdão em nosso coração pode refletir uma falta de compreensão do perdão divino e uma recusa em viver em harmonia com os princípios do Reino de Deus.


16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,

18 Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.


O que mais me chama a atenção nesse trecho é que Jesus diz: "quando jejuardes" e não "se jejuardes", ou seja, é algo que Jesus espera que façamos. O Jejum é, ou pelo menos deveria ser, uma prática condicional ao verdadeiro cristianismo assim como a oração e a leitura da Bíblia. Vale destacar que os judeus jejuavam regularmente, por isso Jesus compara a pratica do jejum a pratica da oração e a coloca sob os mesmos princípios, de que devemos fazer de forma a buscar INTIMIDADE COM DEUS e não buscar a aprovação dos homens.


19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;

20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.

21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

22 A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;

23 Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.


Tesouros terrenos vs. Tesouros celestiais: Jesus adverte seus seguidores a não acumular tesouros na terra, onde estão sujeitos à destruição e ao roubo, mas sim a buscar tesouros no céu, que são eternos e não podem ser corroídos ou roubados. Isso aponta para a importância de priorizar as coisas espirituais e eternas sobre as coisas materiais e temporais.

Onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração: Essa frase enfatiza que nossa prioridade determina nosso coração. Se nossos tesouros estão nas coisas materiais, nosso coração estará voltado para o mundo. Por outro lado, se buscamos os tesouros celestiais, nosso coração estará centrado em Deus e em Seu Reino.

A candeia do corpo são os olhos: Jesus usa essa metáfora para ilustrar a importância da direção e foco para onde vamos voltar os nossos olhos. Se nossos olhos estiverem voltados para coisas boas e para as VERDADES DO REINO (que estão na Palavra), todo o nosso ser será iluminado pela luz de Deus. Porém, se nossa visão estiver focada nas coisas e nos padrões do mundo, estaremos em trevas e perdidos.

Não podeis servir a dois senhores: Jesus conclui destacando a IMPOSSIBILIDADE de servir tanto a Deus quanto a Mamom, que representa a riqueza material e o poder mundano. Devemos escolher a quem servir, Jesus é claro, nossa devoção não pode ser dividida entre Deus e os bens materiais, sucesso e poder mundano.


25 Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?

26 Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

28 E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;

29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?

31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?

32 Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;

33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.


Uma das promessas de cuidado de um PAI AMOROSO mais lindas que vemos na Bíblia. Ele definitivamente sabia que seríamos bombardeados de desafios, necessidades e aflições. Ele sabia que a cada era esses desafios e necessidades seriam diferentes e aumentados. Por isso Jesus nos ensina aqui a CONFIAR NO SENHOR E NO SEU AMOR. Ele nos ensina e nos convida a buscar viver o SEU REINO E JUSTIÇA e descansar na sua provisão, colocando sobre Ele toda a nossa ansiedade.

FILHOS DESCANSAM.

E enquanto eu obedeço e me dedico ao que Ele me chamou para fazer aqui nessa Terra, Ele cuida de mim e da minha família.

Você Crê???


 


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