Deus no cérebro? Reflexões sobre neurociência e fé
Recentemente, me deparei com uma entrevista fascinante com Jordan Grafman, neuropsicólogo da Northwestern University, concedida para o jornal O Globo, em que ele comenta sobre o artigo que publicou em julho/24 chamado “Os neurocientistas não devem ter medo de estudar religião” e que traz uma visão científica sobre a relação entre o cérebro e a fé. Em seu artigo ele afirma que “Deus existe… no cérebro”. Essa declaração me deixou intrigada e, ao mesmo tempo, me fez refletir sobre como a ciência e a fé podem dialogar, especialmente quando ele destaca que muitos neurocientistas ainda evitam o tema espiritualidade, por medo do preconceito e de serem mal interpretados. Que bom que temos os que se destacam pela coragem.
‘Deus existe. Deus existe no cérebro’
Veja o que Grafman diz nesse trecho da entrevista:
Não acreditar em Deus também é uma crença. Mas certamente é possível escolher suas opiniões ou ser influenciado através de sua exposição. Algumas pessoas estão procurando um sistema de opinião que possa adotar em parte porque é reconfortante, reduz a ansiedade. Uma vez que você foi exposto à ideia de Deus ou religião, adivinhe onde está? No seu cérebro. Então, até mesmo ateus têm uma representação de Deus em seus cérebros. Não posso escapar Dele. Por causa disso, isso pode soar radical, mas eu digo: Deus existe. Tenho confiança de que Deus existe no cérebro. Então podemos estudar Deus com segurança e em grande quantidade de detalhes examinando como o processo cerebral, representa e permite nossos comportamentos associados à religião.
Na mesma entrevista ele afirma que o nosso cérebro foi projetado para crer em algo maior, que possa explicar o que não podemos entender.
1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. - Hebreus 11:1
Grafman explica que a crença religiosa muitas vezes se enraíza ainda na infância, com base na cultura e no ambiente familiar, ou surge após experiências emocionais profundas. Como cristã, sei que a fé em Deus é pessoal e não se resume apenas à construção social; é uma experiência viva e transformadora, capaz de alcançar qualquer pessoa independente de suas raízes . E, embora ele fale de Deus como algo representado no cérebro, acredito que isso não limita ou “aprisiona” a existência de Deus ao funcionamento neural. Afinal, a ciência pode observar efeitos cerebrais, mas não explica a essência de uma fé que muda vidas.
Grafman também fala sobre a influência social da religião, como ela une comunidades e estrutura valores. É inegável que a fé nos molda, nos fortalece e organiza nossas escolhas. Isso é parte do que nos diferencia, especialmente ao buscarmos explicações e significado para o que é maior do que nós. Mas o ponto que mais me chamou a atenção é a crítica de Grafman à postura acadêmica: muitos cientistas temem explorar a espiritualidade, por pressões sociais e profissionais. Em um mundo tão diversificado, é essencial que a ciência respeite a importância da religião para bilhões de pessoas.
A maior prova.
Tenho pra mim que, quando Grafman diz que o cérebro é projetado para a crença, prova que Deus nos criou com uma capacidade inata de buscar e encontrar o espiritual. É maravilhoso observar que a cada descoberta científica sobre como o cérebro se relaciona com a fé, ampliamos a nossa compreensão sobre como Deus nos fez, seres tão complexos, com uma alma que anseia por Ele.
Deixe o seu comentário e vamos crescer juntos em conhecimento.
Nos vemos no próximo post.
Fique na Paz do Senhor,
Um beijo e um Cheiro. 😘
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