Cristão pode comemorar o Halloween?
- Pink Table
- 18 de out. de 2024
- 6 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2024

Olá, Spark!
Chegou a época do ano em que essa polêmica surge e todo mundo tem uma opinião. Mas hoje quero te convidar a dar um passeio pela história atrás dessa data e a enxergarmos sob a lente da cosmovisão cristã. Bora?
Você já parou para pensar sobre o que está por trás do Halloween? A data tem se tornado cada vez mais popular, especialmente entre as crianças, com fantasias e doces que parecem inofensivos. Mas, será que para nós, cristãos, participar dessa festa é algo que devemos aceitar com naturalidade? Vamos mergulhar um pouco mais fundo na história e no significado real dessa celebração para responder a essa pergunta.
Um pouco de história
O Halloween tem suas raízes no festival celta conhecido como Samhain, que era comemorado no dia 31 de outubro. Os celtas foram um povo que habitou a Europa, principalmente nas regiões da Irlanda, Escócia e parte da França, entre 1200 a.C. e 500 d.C. Eles tinham uma cultura religiosa fortemente ligada ao sobrenatural, com crenças em múltiplos deuses que representavam aspectos da natureza, como o sol, a lua e as estações do ano. Seus rituais religiosos envolviam sacrifícios de animais e, em alguns casos, até humanos, com o objetivo de apaziguar esses deuses.
O Samhain marcava o fim do verão e o início do inverno, uma época que eles associavam com a morte e a escuridão. Os celtas acreditavam que, nessa noite, o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava mais fino, permitindo que os espíritos retornassem à terra. Era um momento de grande significado espiritual e mágico, ideal para rituais que envolviam a comunicação com os ancestrais e o mundo espiritual. No entanto, para se proteger dos espíritos malignos, as pessoas acendiam fogueiras e usavam fantasias, tentando confundir as entidades.
Por volta do século IX, a Igreja Católica introduziu o Dia de Todos os Santos, celebrado no dia 1º de novembro. Assim, a véspera desse dia passou a ser chamada de “All Hallows’ Eve”, que com o passar dos anos se transformou no que conhecemos hoje como Halloween. Essa prática de cristianizar festas pagãs era comum na tentativa de atrair os pagãos, não para uma conversão genuína, mas para aumentar a popularidade e aceitação do cristianismo, e, por consequência, o poder político da Igreja. Um exemplo claro dessa estratégia é o Natal, cuja data foi escolhida para coincidir com festas pagãs que celebravam o solstício de inverno.
Esse sincretismo, no entanto, diluiu as doutrinas de fé e arruinou os alicerces do verdadeiro Evangelho. Ao tentar absorver práticas pagãs, a Igreja se desviou do seu propósito de pregar a verdade de Cristo. Como consequência, muitas dessas tradições continuaram, com uma “máscara” cristã, mas permanecendo enraizadas em suas origens pagãs.
Da tradição pagã à popularidade americana
Nos Estados Unidos, o Halloween foi popularizado principalmente por imigrantes irlandeses no século XIX. O que antes era um festival de rituais e cultos à morte se transformou em uma celebração cultural, envolvendo principalmente as crianças, com uma maquiagem de diversão, fantasias, doces e brincadeiras como "gostosuras ou travessuras".
No entanto, o simbolismo original de morte, espíritos e escuridão nunca foi completamente abandonado. Pelo contrário, esses elementos foram sendo "normalizados", tornando-se parte do entretenimento. Filmes de terror, decorações macabras, roupas e fantasias que representam entidades malignas, o aumento do interesse e da prática de atividades como "a brincadeira do copo", cujo o nome verdadeiro é tabuleiro Ouija e seu objetivo principal é consultar os espíritos, e de outras formas de invocação transvestidas de brincadeira, são exemplos claros de como a cultura ainda perpetua o lado pagão e sombrio do Halloween mesmo para os mais ingênuos.
E no Brasil?
Aqui no Brasil, o Halloween tem se tornado cada vez mais popular, especialmente nas escolas de inglês e em festas temáticas. O apelo visual, o uso de fantasias e o incentivo ao consumo de doces atraem as crianças. Mas será que estamos apenas importando mais uma celebração "divertida" ou aceitando algo mais profundo?
Cristão pode comemorar o Halloween?
A resposta é NÃO. Para nós, cristãos, a cosmovisão é clara. Celebrar o Halloween vai muito além de apenas participar de uma festa. A Bíblia nos alerta contra práticas que envolvem o ocultismo e tudo o que está relacionado ao reino das trevas.
Os rituais religiosos pagãos, como os realizados no Samhain, frequentemente incluíam cultos a deuses, invocações e tentativas de abrir portais para o mundo sobrenatural. Mesmo que, com o passar do tempo, a crença no poder desses rituais tenha sido enfraquecida e até ridicularizada, a realidade por trás deles permanece. Esses rituais continuam com o objetivo de invocar influências malignas sobre o mundo natural, e participar de tais práticas, mesmo que de forma “inocente”, pode dar legalidade para essas forças atuarem.
Tanto é verdade que o Halloween, 31 de Outubro, é uma data importante para vários grupos que praticam (HOJE EM DIA) rituais ocultistas, entre eles, destacam-se os praticantes de Wicca, bruxaria e outras formas de magia esotérica
Em Efésios 5:11, somos orientados: “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.” O Halloween, em sua essência, promove justamente esses elementos das trevas – seja por suas raízes pagãs ou pelo incentivo ao medo, à morte e ao sobrenatural. Como cristãos, somos chamados para viver na luz, e não para celebrar aquilo que promove o contrário.
Quando temos dúvidas sobre o que, como cristãos, PODEMOS OU NÃO fazer, basta fazer uma pergunta para a sua consciência e seu coração: " _ Isso vai glorificar a Deus ou não?"
A Bíblia que diz em 1 Coríntios 10:31
"Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus"
Colossenses 3:17, 23-25
"E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai."
***
"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas."
A Bíblia também nos ensina em 1 Pedro 5:8 que "o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." O diabo não pode tocar em um crente verdadeiro sem a permissão de Deus, mas nós podemos ocasionalmente abrir portas espirituais - legalidade para ele agir. O Halloween, é claramente um CULTO e uma CELEBRAÇÃO à morte e às trevas, devemos fazer parte disso? Onde isso glorifica a Deus?
Essa celebração abre legalidade para as influências malignas e nossas crianças são especialmente vulneráveis a essas investidas. Nosso papel como pais é proteger e guiar nossos filhos com sabedoria.
Como explicar para as crianças?
Explicar isso para as crianças pode parecer um desafio, mas é uma oportunidade de ensinar princípios do Reino e de um verdadeiro filho de Deus desde cedo. Podemos dizer algo como:
"Filho, no Halloween as pessoas costumam usar fantasias de monstros e coisas assustadoras para celebrar a morte, mesmo que elas não saibam, mas nós, que cremos em Jesus, celebramos a Vida e a Ressureição. Somos filhos da luz e não das trevas e tudo o que fazemos, até mesmo as nossas brincadeiras, devem glorificar a Deus."
Desta forma, ensinamos nossos filhos a valorizarem o que é bom e verdadeiro, e a discernirem o que vem de Deus e o que não vem.
Conclusão: Ser inabalável em nossa fé
Nosso papel como cristãos é sermos luz em meio às trevas, firmes em nossa fé e inabaláveis em nosso posicionamento, principalmente quando se trata de proteger nossas crianças das influências que tentam normalizar o mal. O mundo tenta suavizar a escuridão, disfarçando-a de diversão. Mas nós sabemos que a verdade está em Cristo, e é Ele quem devemos honrar em tudo que fazemos.
Então, você já parou para pensar sobre isso? Como você lida com essa data? Deixe seu comentário abaixo e vamos conversar, combinado?
Nos vemos no próximo post.
Fique na Paz do Senhor,
Um beijo e um Cheiro. 😘
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Concordo! Aqui em casa com as crianças é NÃO. Mas infelizmente vejo muitas mães crentes que ficam inseguras ou não acreditam o suficiente para se posicionar com os filhos.
De fato, não podemos normalizar o que claramente tem essência maligna, no meio do corpo de Cristo.
" _ Isso vai glorificar a Deus ou não?" Perfeito!!!
Mais cristalino do que água da fonte!